A Sportster não é "moto de entrada".
A Fat Boy não é "a verdadeira Harley."
A Road King não é "moto de tio".
A Dyna não é "a Big Twin de entrada".
Esqueça o que você lê nas revistas ou ouve de quem compra moto pra se exibir na porta do bar. Cada modelo da Harley tem uma legião de fãs, e muitas pessoas escolhem determinados modelos por preferência, e não porque era aquele que cabia no bolso. Aliás, tá pra nascer gente mais apaixonada do que dono de Sportster, uma das motos com mais customizações legais que se vê por aí.
Quando você troca uma Sporster por uma Fat Boy, ou uma FX por uma Road King, você não fez um
upgrade. Upgrade presssupõe o aperfeiçoamento de um item que você já possuía, ou a troca por um melhor. Você simplesmente trocou uma Harley por outra Harley.
É o velho padrão côxa: o cara compra uma Fat Boy, vomita que aquela é a única Harley de verdade, depois de um tempo está andando de Electra e, quando percebe que não tem nada mais caro na linha H-D, compra uma BMW. Ele até pensa em uma V-Rod, mas agora que ela baixou de preço, ele broxa um pouco.
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Galera do Tongnhas Mob Club, só de Mobilettes. Respeitados em todos os encontros de moto, são os caras que mostram o verdeiro espírito da coisa. |
Entre o pessoal que anda de Harley, apesar da fama de esnobes por causa de pessoas assim, você faz muito mais sucesso se chegar com uma moto antiga, do que com uma Night Rod Screaming Eagle ou uma Fat Boy com milhares de dilmas em cromo.
Aliás, entre quem
realmente gosta de moto, há muito mais respeito pelo cara que tem uma CG e vai até a argentina, do que o exibicionista de porta de bar com a sua BMW último tipo.
Mas essa é uma daquelas coisas que entram na categoria "se tiver que explicar, você não vai entender". Seja qual for a moto que você tem, ande muito com ela e aproveite a estrada. E não dê ouvido pros idiotas de plantão.